Segue a voz
Que te chama o coração
E foge desse mal
Sem razão
Quero que deixes de ser
Quem sempre foste por fora
Chegou a tua hora
E lembra-te de florescer
De crescer a aprender
Que a vida tem mais regras que motivos
Que não iremos ser se não o fizermos
E longe podermos ficar juntos
Mas livra-te do espelho
Que mata...
Ouve a voz
Do suspiro que me rodeia
Do amor que libertei e não esqueci
E leva-me as cartas que te escrevi
Para longe de mim
Para deixares tudo
O que há mim...
Segue a voz
Do momento de alegria
Do raio que te leva à solidão
Faz quebrar o misto de magia
E liberta esse teu coração!
Segue a voz...
Que te deixará mais forte
Mas segue-me essa voz...
E lembra-te dos conselhos que me deste
Para tornar o fogo mais agreste
Deixa a palidez dos negros olhos
E mata a vida das malditas regras
Mata!
E ouve a voz
Que existe entre nós!
Pedro Carregal