De que vale todo esforço, toda labuta,
Pelos planos, pela vitória premeditada,
Se toda lida se perde, esvai-se em brisa,
Se o propósito não condiz com o sonho.
De que vale todo suor escorrendo na cara,
A corrida desmedida pela vitória na peleia,
Se o prazer não compor o troféu e as medalhas,
E o êxtase não premiar o resultados dos sonhos.
Mesmo que a vitória tome forma e gosto,
Mesmo que a missão se cumpra fiel a causa,
O coração não ficará quieto, usufruindo o regalo,
Se a incumbência não suprir todos os sonhos.
Ser por ser não basta nem reluz felicidade,
Ter por ter jamais permite o prazer do ser,
Assim como ser amado sem a recíproca,
É como construir castelos a beira-mar.
Queira o menino forjar todos os seus sonhos,
Do condizente tamanho que caiba em seus planos,
E nos riachos por onde garimpará seu ouro,
Velejem serenos os seus barquinhos de papel ,
E caiba na mesma algibeira, sonhos, planos e ouro.