Contos : 

A Marta e o seu papagaio

 
A Marta e o seu papagaio

Era uma vez uma menina chamada Marta, ela era muito arisca não gostava de comer e muito menos de ficar presa mesa. Certo dia seu pai e sua mãe resolveram oferecer um lindo papagaio, para que ela o cuidasse, ela feliz, nem queria querer na bela prenda recebida.
Marta quis seu papagaio na sala, aonde todos que a casa vinham podiam ver aquela bela ave, colocou o nome de Kiko para alegrar o seu priminho mais novo da família que também era Francisco e todos os apelidavam de Kiko.
Kiko era muito barulhento, queria falar rápido e sempre estava de bico aberto, adorava amendoins e bolachas, que petisco era, fazia gracinhas para ser recompensado pela sua amada dona. Um dia a marta trouxe uma amiguinha da escola que ela julgava ser muito amiga mesmo, ela veio passar o dia com ela e claro conhecer o Kiko a figura mais importante da casa.
Feliz, ela chamou a sua mãe:
- Mamã! Já estamos em casa. Podes tirar o almoço, estamos esfomeadas
Descalçou-se na entrada da sua casa, onde já tinha chinelos para ela e sua visita, rápido ela subiu as escadas da casa e logo entrou na cozinha, que cheirinho estava. Contente ela apresenta a sua amiga e diz:
- Esta aqui e a Raquel a minha melhor amiga, lembras? Eu te falo tanto dela que as vezes até te canso.
Raquel estava meio apreensiva se saber como era a mãe da Marta, logo ela viu que era muito simpática e claro que ela cozinhava como uma Deusa, bem dizia a Marta que ela era divina na cozinha. Logo que foram lavar as mãos tiveram permissão para ir brincar um pouco com o menino da casa, o Kiko.
Kiko sabia que estava visita na casa, como era muito esperto ele já estava aprontando palhaçadas, vai ter muitos petiscos, ora lá vamos ser espertos e cativantes.
Eufórico ele falava:
-Olá, olá, ela chegou.
- Martinhaaaaaaaaaaaa. Gosto de ti menina.
Marta estava feliz e toda orgulhosa de escutar seu amigo e quase seu irmão e como estava pasma sua amiga estava sem fala mesmo, já tinha escutado que os papagaios falam, mas assim tão bem nunca tinha sequer escutado tal.
Muitos amendoins, muitas bolachas e muitos mimos foram dados ao Kiko, cansadas quiseram ir um pouco até ao computador, falar com alguns amigos.
Raquel estava estranha, pensativa e meio ausente, ela não parava de pensar como poderia levar aquele papagaio embora dali. Ele estava preso pela pata, mas por vezes ele andava pela casa, solto e contente.
Marta tinha recebido umas roupas, mas que estava muito larga, ela era muito magra mesmo, sem querer magoar quem as ofereceu as aceitou, mas guardou para dar a uma amiga e a Raquel era a sua melhor amiga. Claro que sua amiga adorou era de marca e todas as adolescentes são loucas por marcas só para estar na moda.
Marta falou para a Raquel:
- Então amiga não falaste nada do Kiko, não gostaste dele? Ele é o meu melhor amigo sabe, eu falo com ele o que não falo com ninguém e viste como ele é fofinho dando bicadinhas na minha bochecha.
Ela meio sem graça acenou com a cabeça, virando o seu rosto explodindo de raiva. Era estranho até a ela não sabia o que estava acontecer com ela. Queria aquele papagaio e ia ser dela, custe o que custar.
A tia da marta a chamou pelo MSN estava longe em outro país, e gostava de conversar com ela por ali, sempre era a forma de matar as saudades uma da outra. Distraída e Raquel bola uma forma de tirar o papagaio dali.
Na dispensa da cozinha ela encontrou uma caixa de papelão, devagar pega no kiko e o leva pelas escadas abaixo, sai à rua e esconde na casa ao lado que estava abandonada.
Rápido ela sobe e volta para o quarto da Marta e com o coração ofegante ela ficou meio assustada.
Distraída Marta estava feliz, conversava com a sua tia contando as novidades até da sua amiga que estava ali do lado. Ela engolia em seco, pensando no que havia feito, mas nada iria mudar, ela queria aquele papagaio.
Raquel chama a atenção de Marta
- Marta eu vou embora, lembrei que tenho que ir com a minha mãe ao cabeleireiro e ela fica zangada, se não chego lá nas horas que ela combinou.
Marta estranha e responde:
- Raquel não era a minha mãe que te ia levar? Ela saiu, mas logo, logo ela volta espera um pouco, por favor, espera.
Raquel pouco a vontade responde:
- Não eu vou agora são horas e também não é longe eu apanho um autocarro.
Marta estava desolada e triste e claro que tinha que aceitar a ida dela embora, sabia que sua mãe não iria gostar nem um pouco disso.
Desceu e despediu de sua amiga. Foi antes de subir dar um beijo em seu pai que estava a trabalhar no seu café, ela amava por demais seu pai, e quis ficar um pouco com ele ali, embora seu pai não gostasse muito, pois já se sabe não era ambiente para ela estar.
Logo ela subiu para sua casa, quis ir ver o Kiko, estava sozinha e ele fazia muita companhia, entrou na sala e já estanhava pelo silencio da casa que era mortal. Qual foi o seu espanto Kiko havia sumido pensando ele andar solto pela casa o chamou pensando que ele estava a brincar a escondidas como sempre gostava de fazer.
Sem rasto dele, ela o procurou sem parar, nada, nem sinal dele, assustada e com as lagrimas a correrem pelo seu rosto ela chama o pai:
- Pai! Pai! Anda cá cima, por favor, rápido pai.
Ele sobe rápidas, as escadas e entra na sala e vê a Marta chorando sem parar.
- Que foi Marta, que aconteceu?
Soluçando sem parar ela aponta para onde deveria estar o Kiko e nada existia lá.
- Marta ele não esta escondido pela casa?
Chorando ela abana com a cabeça
- Pai, eu já procurei por todos os lados e nada, ele não está na casa. Como ele fugiu, nunca o fez nunca.
Abraçando a Marta, tranqüilizando-a, afagando a sua cabeça, ele diz:
- Logo ele aparece filha, tem algo de errado com tudo isto. A mãe já esta a chegar e eu tenho que voltar para o café.
Ela entra no café e os clientes que ficaram preocupados perguntaram;
- O Senhor Carvalho que aconteceu com menina Marta ela esta bem?
Ele responde pensativo.
- Ela esta bem, mas o meu papagaio sumiu de casa e ele nunca fez isso.
Um cliente que tinha chegado há poucos minutos, falou:
- Estranho, eu vi uma menina pegar numa caixa de papelão e dela escutei parecia um papagaio a chamar Marta. Até pensei que tinha bebido demais.
Espantado ele pergunta:
- Quando foi isso?
Ele responde:
- Agora mesmo nem há cinco minutos e ela seguiu pela estrada que vai dar ao pinheiral.
- Podem olhar pelo café que eu já volto vou ver se a acho e rápido.
Pediu desesperado e saiu a correr.
Outro amigo e cliente saíram atrás dele e o foi ajudar, dizendo que dois era melhor para pegá-la.
Logo chegaram à entrada do pinheiral, viram a menina com a caixa de papelão. Cautelosos eles chegaram perto da menina e a chamaram:
- Menina pode esperar, por favor?
Ela estava assustada, eram três homens e ela não sabia se havia de gritar e que eles queriam com ela.
- Não chegue perto de mim, eu grito e chamam a policia.
Dizia ela assustada.
O pai da Marta não agüentou e falou:
- É boa idéia mesmo assim vai explicar a policia de onde tirou o papagaio Kiko, pode ser?
O papagaio conheceu a voz e começou a chamar.
- Oh! Carvalho vem me pegar quero a minha menina.
Assustada a Raquel larga a caixa no chão e foge pelo pinheiral a bom correr.
Contente leva o seu papagaio para casa e sobe as escadas a gritar:
- Marta, filha anda ver o Kiko voltou.
Marta em queria acreditar ele tinha voltado para casa, ansiosa, pergunta:
- Pai como o encontrou?
O pai respondeu:
Não importa Marta, importa que ele esta aqui conosco e de, volta, a sua casa.
Marta não entendeu nada mesmo, mas estava deveras feliz o que querido amigo estava com ela e afinal era isso que importava.
Este é o resumo da história de olhos gordos de uma menina que deixou a inveja tomar conta do seu coração, resumo perdeu a melhor amiga com isso.









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Betimartins
 
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