Por sobre a suavidade da erva
verdinha,
junto a um monte de flores,
acabadas de colher pela manhã,
dois enamorados descansam,
de olhos postos, no azul do céu.
De corpos juntos, um ao outro,
suas mãos
procuram-se, tacteando o chão,
até encontrarem a leveza de
seu toque sereno e desejado,
almejando a brandura da pele.
Seus olhos não se encontram,
pois cada um
está virado para lados opostos;
e encostando suas cabeças,
ele toma-lhe em mãos o cabelo,
e ela deita a mão no seu peito.
Por fim, de olhos fechados, ao céu
e a tudo,
apenas se sentem, um no outro,
e seguros, de seu amor,
no silêncio do campo verdejante,
deixam-se adormecer.
Jorge Humberto
16/03/11