Larga o meu livro, emancipa-te dele.
Não o leias mais, deixa essa folha branca por escrever. O capítulo está encerrado.
Larga-o, deixa-o, deixa-me. Não vês que agora és importuno? estou ocupada a tratar do nosso amor por nós.
Quando disse que queria-te igual a mim?
É por seres diferente que sempre te amei: amo em ti senão as diferenças, mas estou cansada desse lavor.
Larga o meu livro, não te contente com ele.
Não creias que a minha vontade possa ser escrita por ti; mais que tudo, é isso a minha grande falha, a nossa derrota.
Guarda as tuas palavras; o meu livro ficou árido, sem folhas e, o livro que lavrei não tem mais sonhos para nele dormir.
Deixa-o, larga-o esquecido na estante até se que cubra de pó, diz a ti mesmo que não é mais que uma das mil atitudes possíveis da vida e, escreve o teu livro.
" An ye harm none, do what ye will "