Antes dos rocks pesados, das rebolações infrutíferas do fim de semana, dos filmes cults da madrugada, das cantoras de voz doce que cantam música de nomes identificáveis, dos livros relidos e dos botecos vagabundos; há um pedaço de mãe e pai, um pouco dos melhores amigos de neurose, dos desenhos em quadrinhos, da chuva, do frio de doer os ossos, do mundo fantástico cheio de criaturas e pessoas fantásticas, dos chás e cafés, do pensamento que se apaga num piscar de olhos, daquela música, daquele rosto, daquele dia, daquele porre, daquele momento, dos bichinhos de pelúcia jogados no lixo da esquina.
Mas afinal, todos deveriam ler dostoievski, saber minuciosamente cada fala do ‘lagoa azul’, e saber dançar thriller como se vivesse no belo e colorido anos oitenta.
Grey