Qual é o amor que ainda sente?
Creio que toda essa dor não venha do peito, mas da mente
Menino não sabes o quanto meu coração por ti ainda és ardente.
Se chorei, explorei, foi que amor eu criei
Como és tolo o poeta que descreve o amor
Não és digno de entendê-lo
E vives por compreendê-lo
Qual é o amor que ainda sente?
Ele vem do peito ou da mente?
Não sabes como és triste a solidão
Que arde e congela bruscamente o coração
Como és tolo o poeta que explora
Cria e controla a dor
Não podes ser amor
Congela e desespera sem pudor
Mas que mente é essa?
Que semeia carinho
Que fazes ouvir cantos de passarinhos
Que não entendes o coração
E trazes ao peito a singela solidão
Talvez minhas respostas não existam
Pois essa dor pode vir da mente
E não do peito do tolo poeta
Que semeia as sementes
Sementes que inventam e alimentam o tolo poeta que sofre
Por amar com o peito
E que não da à razão a mente
Que por mais tolo seja, vives compreendendo
O amor que devia vir da mente.
Verônica Cecília Lopes