Há sombras ao meu redor
e elas rastejam
se encompridando em minha direção
Elas agarram meus pés
e me fazem congelar
até o topo de minha cabeça
Fazem de mim
apenas uma marionete
presa em linhas que se desfazem
e me fazem cair
Estirada ao chão, feito cadáver
meus olhos vitrificam
e espelham nuvens cinzas carregadas
que passeiam nos céus
Sombras e cordas
me aprisionam nesse jogo
feito marionete solitário