Porque tenho que amá-lo tanto?
É má sorte ou quebranto
Que lançaram já em mim
Somos ambos conhecidos
Um par de desaparecidos
Que amou sempre assim
De ti, nada sei
Não interessa a ninguém
Mas a mim me cativou
A tua forma de ser
O teu motivo de viver
Esse eu que nem eu sou
Todos os dias, fustigado
Por viver travesso fado
Sem escolha ou opção
Grandes conquistas vivi
Mas rendi-me a ti
E entreguei meu coração
Doce e querida solidão
Longe da minha razão
Posso eu mudar a sorte?
No meu aniversário desejo
Poder ganhar um beijo
Ou então a minha Morte
Pedro Carregal