Laivos de depressão
No recanto, parada, ela sempre estava muda. Se a ouvi falar não lembro o momento. Caracteristicamente esguia, se assustava quem nunca a vira antes e até quem a via todos os santos dias, o corpo esquelético tipo aqueles usado em filme de terror, todo encurvado.
Sua respiração tenta e continua não expulsava sequer a aranha que tecia sobre seus cabelos encaracolados. No meio deles apareciam algumas fios brancos mesclados com a teia. Parada, mexia-se somente quando escarrava. Do seu lado tinha uma poça de cuspe com tufos de fumo.
Uma vara arquejada era tão torta que quando ia andando a cabeça faltava tocar os pés. Andando lentamente sem pressa de chegar ao destino, caminhava sem horas marcadas. Não tinha medo de perder seu lugar, por isso contava os passos. Sua boca não servia para dialogar com ninguém a não ser com um gato leprento que tanto amava e outra função que era cuspir no canto do alpendre ou no caco de areia grossa. Vendo-a de longe eu a tratava como algo sobrenatural, embora visse todos os dias em frete ao meu portão, parada e muda no recanto.
Os passos da velha Margarida acham se contados, cinco até o recanto da varanda, feito na hora matinal e mais os outros para volta à tardinha para ir dormir. Ela parecia que não gostava muito de ir ao banheiro. Por isso ia diretamente para a sua alcova, lembrar do passado e dos amigos que não mais se encontram presente entre nós. Os epitáfios deixaram malucos, tantos sonhos que não se realizaram e agora quem os possuía estavam enterrados.
Quase não comia, mesmo não tenha espaço para colocar uma gota de água naquele corpo raquítico. Lá no canto postava a velha olhando a vida passar diante dos olhos. Estes azuis, encovado, as pálpebras e as sobrancelhas encanecidas, fechando os dois de uma só vez, como se estivesse pensando no que fazer, mas, sem saber como. O semblante enrugado da velhice. Além de mastigar tufo ela também fumava. Da sua boca saí nuvens branquinhas igualmente algodão, por isso que escarrava bastante no caco de telha. No recanto, muda, só pensava talvez em ficar tranqüila e imóvel. O livro de poesia na mão esquerda era paginado pela a direita todos os dias ela lia, só que não dava para escutar sua voz. As nuvens branquinhas do cigarro deixavam as folhas amarelas e o cuspe grudava umas nas outras.
O vaso da varanda era seu companheiro fiel. Eu não tinha nada para fazer, além de fitar o costume dela. Na ultima segunda-feira fui até o portão, ela se levantou da cadeira com o livrinho na mão esquerda, puxou o ferrolho e mim convidou para entrar, senti calafrios, pediu que não olhasse para o chão devido esta sujo em demasia fazia anos que não limpava mais, alegando que ninguém faz mais visita, mas, era impossível não olhar o piso da casa. A primeira vez que ela dialogou comigo, minha voz confusa, meus braços, trepidando, o rosto pálido, surpreendi quando Margarida pediu que ficasse tranqüilo pois,ela não ia fazer nada alem de sentar no velho sofá da sala. Perguntas? Não fiz. Somente assentei perplexamente na cadeira de pano perto do balde de tinta, deslizava o olhar sobre sua placidez, vendo seus cãs caírem como se fossem folhas secas
Acendeu mais outro cigarro, o décimo, abriu o livro e continuou lendo, como se eu não estivesse com ela. Se comportava meia vida meio morta, um zumbi do século XXI . Seus olhos gasto sua mãos acabadas, analisei a de perto minuciosamente. A coluna tortuosa do corpo magrelo às vezes dava vontade de sorrir e de sair correndo, era algo estranho. O canto monossilábico e extenuante típico de quem tem 65 anos de idade, trilha sonora da leitura enfadonha.
Os parentes moravam noutra cidade e dificilmente os filhos vêem. Por isso, cantava uma melodia triste para enxotar a tristeza. Voltou abriu o portão e balançou a cabeça e nem deu tchau. Era terça-feira de junho de 1992 a varanda estava vazia, parecia que algo de diferente ela tinha encontrado para o costume ser quebrado. A velha Margarida não tinha dado ainda os cincos passos pela a manha ate a varanda. Da poça de escarro, dela só notei a mancha suja e amarela do sarro de cigarro. Alguma coisa de estranho havia acontecido naquela residência e eu na sabia o que era. Entrei, fechei o portão, empurrei a porta e ela não se abriu. Puxei pela a maçaneta a sala estava também vazia. O quarto com a porta escancarada, milhares de folhas de oficio dispersas no chão. Vi que ela mi abservava também e melhor do que eu, um dossiê completo da mionha vida desde o dia que naasci ate a ultima segunda-feira.
No quarto ainda dormia, enrolanda num lençol branco, feito gases, bem velhinho. A forma esquetica ocupava somente o meio da cama. Do flanco esquerdo tinha uma garrafa de veneno pela a metade, o lençol hachurado de verde, retirei-o cautelosamente para não desperta-lá. O corpo esguio e espichado de Margarida dormia serenamente, o seu rosto pela a primeira vez eu o quase que sorrindo. Mas, não estava escutando sua respiração e nem o batimentos cardíacos, a boca de lábios amarelos. Um cheiro forte vinha debaixo da cama, era o vomito fétido no urinol. O corpo parado sem demostrar sinais de vidas, já estava mim assustando, apenas de vida nela tinha o ricto do sorriso. Chamei os vizinhos para ver o que estava acontecendo com ela, o silêncio tomou de conta da casa. Os mais fortes seguram as lagrimas e os outros se desmancharam em choro. Não acreditavam no que estava diante da própria face. Puxaram o urinol e perceberam pelo o vomito que ela tinha ingerido veneno. A tristeza abalou a vizinhança, logo a Dona Margarida que imaginava que isto poderia ter acontecido. Até foi pensado na possibilidade de envenenamento mas, rápido fora descartado.
Sobre o corpo uma fresta de luz se abrira e a alma que vagueava pela a casa pode sair. Margarida tin há se suicidado na noite de segunda para terça-feira, em junho 1992.
Laivos de depressão
No recanto, parada, ela sempre estava muda. Se a ouvi falar não lembro o momento. Caracteristicamente esguia, se assustava quem nunca a vira antes e até quem a via todos os santos dias, o corpo esquelético tipo aqueles usado em filme de terror, todo encurvado.
Sua respiração tenta e continua não expulsava sequer a aranha que tecia sobre seus cabelos encaracolados. No meio deles apareciam algumas fios brancos mesclados com a teia. Parada, mexia-se somente quando escarrava. Do seu lado tinha uma poça de cuspe com tufos de fumo.
Uma vara arquejada era tão torta que quando ia andando a cabeça faltava tocar os pés. Andando lentamente sem pressa de chegar ao destino, caminhava sem horas marcadas. Não tinha medo de perder seu lugar, por isso contava os passos. Sua boca não servia para dialogar com ninguém a não ser com um gato leprento que tanto amava e outra função que era cuspir no canto do alpendre ou no caco de areia grossa. Vendo-a de longe eu a tratava como algo sobrenatural, embora visse todos os dias em frete ao meu portão, parada e muda no recanto.
Os passos da velha Margarida acham se contados, cinco até o recanto da varanda, feito na hora matinal e mais os outros para volta à tardinha para ir dormir. Ela parecia que não gostava muito de ir ao banheiro. Por isso ia diretamente para a sua alcova, lembrar do passado e dos amigos que não mais se encontram presente entre nós. Os epitáfios deixaram malucos, tantos sonhos que não se realizaram e agora quem os possuía estavam enterrados.
Quase não comia, mesmo não tenha espaço para colocar uma gota de água naquele corpo raquítico. Lá no canto postava a velha olhando a vida passar diante dos olhos. Estes azuis, encovado, as pálpebras e as sobrancelhas encanecidas, fechando os dois de uma só vez, como se estivesse pensando no que fazer, mas, sem saber como. O semblante enrugado da velhice. Além de mastigar tufo ela também fumava. Da sua boca saí nuvens branquinhas igualmente algodão, por isso que escarrava bastante no caco de telha. No recanto, muda, só pensava talvez em ficar tranqüila e imóvel. O livro de poesia na mão esquerda era paginado pela a direita todos os dias ela lia, só que não dava para escutar sua voz. As nuvens branquinhas do cigarro deixavam as folhas amarelas e o cuspe grudava umas nas outras.
O vaso da varanda era seu companheiro fiel. Eu não tinha nada para fazer, além de fitar o costume dela. Na ultima segunda-feira fui até o portão, ela se levantou da cadeira com o livrinho na mão esquerda, puxou o ferrolho e mim convidou para entrar, senti calafrios, pediu que não olhasse para o chão devido esta sujo em demasia fazia anos que não limpava mais, alegando que ninguém faz mais visita, mas, era impossível não olhar o piso da casa. A primeira vez que ela dialogou comigo, minha voz confusa, meus braços, trepidando, o rosto pálido, surpreendi quando Margarida pediu que ficasse tranqüilo pois,ela não ia fazer nada alem de sentar no velho sofá da sala. Perguntas? Não fiz. Somente assentei perplexamente na cadeira de pano perto do balde de tinta, deslizava o olhar sobre sua placidez, vendo seus cãs caírem como se fossem folhas secas
Acendeu mais outro cigarro, o décimo, abriu o livro e continuou lendo, como se eu não estivesse com ela. Se comportava meia vida meio morta, um zumbi do século XXI . Seus olhos gasto sua mãos acabadas, analisei a de perto minuciosamente. A coluna tortuosa do corpo magrelo às vezes dava vontade de sorrir e de sair correndo, era algo estranho. O canto monossilábico e extenuante típico de quem tem 65 anos de idade, trilha sonora da leitura enfadonha.
Os parentes moravam noutra cidade e dificilmente os filhos vêem. Por isso, cantava uma melodia triste para enxotar a tristeza. Voltou abriu o portão e balançou a cabeça e nem deu tchau. Era terça-feira de junho de 1992 a varanda estava vazia, parecia que algo de diferente ela tinha encontrado para o costume ser quebrado. A velha Margarida não tinha dado ainda os cincos passos pela a manha ate a varanda. Da poça de escarro, dela só notei a mancha suja e amarela do sarro de cigarro. Alguma coisa de estranho havia acontecido naquela residência e eu na sabia o que era. Entrei, fechei o portão, empurrei a porta e ela não se abriu. Puxei pela a maçaneta a sala estava também vazia. O quarto com a porta escancarada, milhares de folhas de oficio dispersas no chão. Vi que ela mi abservava também e melhor do que eu, um dossiê completo da mionha vida desde o dia que naasci ate a ultima segunda-feira.
No quarto ainda dormia, enrolanda num lençol branco, feito gases, bem velhinho. A forma esquetica ocupava somente o meio da cama. Do flanco esquerdo tinha uma garrafa de veneno pela a metade, o lençol hachurado de verde, retirei-o cautelosamente para não desperta-lá. O corpo esguio e espichado de Margarida dormia serenamente, o seu rosto pela a primeira vez eu o quase que sorrindo. Mas, não estava escutando sua respiração e nem o batimentos cardíacos, a boca de lábios amarelos. Um cheiro forte vinha debaixo da cama, era o vomito fétido no urinol. O corpo parado sem demostrar sinais de vidas, já estava mim assustando, apenas de vida nela tinha o ricto do sorriso. Chamei os vizinhos para ver o que estava acontecendo com ela, o silêncio tomou de conta da casa. Os mais fortes seguram as lagrimas e os outros se desmancharam em choro. Não acreditavam no que estava diante da própria face. Puxaram o urinol e perceberam pelo o vomito que ela tinha ingerido veneno. A tristeza abalou a vizinhança, logo a Dona Margarida que imaginava que isto poderia ter acontecido. Até foi pensado na possibilidade de envenenamento mas, rápido fora descartado.
Sobre o corpo uma fresta de luz se abrira e a alma que vagueava pela a casa pode sair. Margarida tin há se suicidado na noite de segunda para terça-feira, em junho 1992.