Há esses papéis amontoados sobre a mesa.
As infinitas manchas redondas de café
Em círculos tão concisos quanto pensamentos
E minha imaginação é um pequeno ciclone.
Sem mais palavras pra encobrir o branco
Sem mais escolhas pra desviar o tédio
Sem mais veredas celestes talhando a varanda e a janela.
E nesse mundo quase fresta,
Tudo que me resta
É esse balançar da copa das árvores,
É esse farfalhar das horas que não passam,
É esse engatinhar
Do futuro que não se apressa.
yuri emanuel