Poemas : 

5

 
As minhas mãos são profundos latifúndios de onde saltam letras,
e encostas precedem ao meu sono.
Meu olhar sem guia perde-se para além das cores e das formas,
sobre vales que não posso descrever.

...as palavras destoavam, e eles riam dos meus brinquedos...

Não sou vasto e nem intenso, um ébrio talvez, entre o Céu e a esfera,
feito um aríete louco a buscar por lucidez, se é que ela existe.
Vou ao mar em busca de conselhos, mas à minha insensatez ele se cala,
e já penso que esses sonhos medonhos jamais me deixarão.

...torturado, verti água, sangue e gritos, e finalmente ví quando nos dentes
de um melro ia-se minh´alma...

Algumas noites escurecem, simplesmente, sem as cores que embelezam todo ocaso,
nessas noites, enquanto a ilha inteira dorme, eu sobrevoo as minhas salinas.

(T. Yudi)

 
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Yudi
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 10/03/2011 15:28  Atualizado: 10/03/2011 15:28
 Re: 5
*
dos olhos da minha alma
verto noites de preces
o azul desbota-se
e chego a sentir
o cheiro da terra que há de me cobrir.
e serei talvez verso alado
num poema errante
enclausurado de palavras amorosas
de todas as ternuras que sonhei e ousei
num vôo que decididamente
por mais que se peça
sozinha farei...
*

Desculpa-me, mas nao resisti versar sobre o que tua palavra fez em mim.
Sao conexões que tu imprimes entre minha alma, minha mente e minha sensibilidade.
Muito bom ler-te
Carinho e admiração
Karinna*

Enviado por Tópico
Amora
Publicado: 17/03/2011 21:35  Atualizado: 17/03/2011 21:35
Colaborador
Usuário desde: 08/02/2008
Localidade: Brasil
Mensagens: 4705
 Re: 5
O poema inteiro prende, faz ébrio o leitor. E, como tudo que é belo, não pede sequer compreensão.
Realmente maravilhoso, Yudi.
Abraço.