Dia após dia, cada vez mais como ilhas nessa povoada solidão,
envelhecemos, mas não de alegrias ou de tristezas. Envelhecemos
de viver....aprendendo tão pouco, porém, que algumas janelas
nos olham assoberbadas. Alguns de nós abrem o livro, já outros,
deitam-no apenas, amarguradamente, num canto conveniente.
Dia após dia apeamos em mansões cada vez mais distantes
de onde cantigas de infância já se fizeran gentis;
e que, de fato, tudo se trata de uma finita coletânea de ardis,
já podemos sentir.
Dia após dia, vendemos o rasgo que se abre de uma orelha a outra
em nossos rostos como sendo nosso melhor sorriso,
e cada vez mais como ilhas nessa povoada solidão,
somos todos platéia e palco alegorando as ruas.
(T.Yudi)