Um corpo tolhido no cansaço
sortilégio de angústia perfeita,
a terra aguardando no espaço
semente no futuro da colheita.
No terreno a esmo fecundado
perante um arar que o desfeita,
salta o fim para que foi toldado
numa evolução assaz escorreita.
Estes solos são contemplados
pelo esforço onde se espreita
a sentença dos idolatrados
numa empatia fiel e estreita.
São virtudes do labor humano
e dádivas da natureza por ano.
António MR Martins
2011.03.09
António MR Martins
Tem 12 livros editados. O último título "Juízos na noite", colecção Entre Versos, coordenada por Maria Antonieta Oliveira, In-Finita, 2019.
Membro do GPA-Grupo Poético de Aveiro
Sócio n.º 1227 da APE - Associação Portugues...