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A Pequena princesa do reino do mar

 
A Pequena princesa do reino do mar



Era uma vez um mar, muito especial onde existia um grande reino. Todos os peixinhos eram parte desse reino, claro que golfinhos eram os bonzinhos e os tubarões os escravos da bruxa malvada do reino, do Rei Artur.

O rei Artur era um bom rei, amigo do seu povo, tudo naquele reino era multicor, as algas, os corais, as rochas e areia era brilhante como o ouro. Claro que era um belo reino que fazia inveja a bruxa mais temida no mar, aquela que prendia os peixinhos na caverna para fazer porções mágicas e os manter fechados para escravizá-los.

O castelo era feito de corais, as janelas eram belas conchas trabalhadoras criando as perolas negras para a bela princesa, que ainda era pequenina e muito atrevida. Isabela é seu nome e sua professora Nilda era uma bela sereia que sempre a vigiava e seguiam pelas águas do mar atlântico, águas frias e perigosas pelas baleias e as orcas que eram cruéis e comiam tudo que lhe chegasse à boca.

Ora dona Nilda quis dar uma lição de vida à pequena princesa e resolveu se esconder e deixar a vontade para ver até onde ela ia no mar. A bruxa tinha espiões no castelo e logo soube da tropelia da princesa e mandou os tubarões a trazer para a sua caverna.

A malvada da bruxa queria o reino para si e só apanhando a princesa o rei Artur ia ceder às imposições da malvada da bruxa.

Com era feia aquela bruxa já toda torta, mal sabia nadar, mas sabia as formulas mágicas, como ninguém e coitadinhos dos pequeninhos cavalos marinhos que ela mais procurava para prender os demais em sua magia e as suas ordens.

Toda a caverna era horrível, cheia de algas negras e pequenos crustáceos, assustadores, cheios de podridão e olhos horrendos. O pior eram os tubarões com aqueles dentes afiados e seus olhos do mal.

Apenas a professora estava dando uma ordem e logo saiu atrás da princesa Isabela, já nem a sua vista via vestígios dela, nada mesmo, assustada chamou os guardas e logo puseram a sua procura, mas sem êxito.

Já era tarde demais a pequenina princesa foi presa em uma gaiola e levada para a caverna, assustada, tremia, chorava e chamava pela sua amada professora e seu pai.

Nada, ninguém a escutava, ela estava na mais profunda escuridão e cheirava tudo tão mal, era tudo assustador. Cansada adormeceu acordando com os gritos da malvada bruxa, que ria e bebia sem parar na caverna a festejar sua vitoria.

Era uma consternação no reino, já todos sabiam que a pobre princesa era prisioneira da bruxa malvada só não sabiam o que ela ia aprontar com o bondoso rei Artur.

No mar apenas escutavam lamentos e as águas estavam tristes e inquietas, todos choravam no reino, mas isso provocava ondas gigantes que se tornavam perigosas para os pobres marinheiros e pescadores.

Bem longe emuma aldeia vivia um menino que era conhecido pelo menino do mar, ele mergulhava e ficando minutos e minutos dentro das águas pescando sem parar.


Triste o Pedro era como se chamava o menino do mar, quis ajudar a pequeninha princesa e juntamente com os seus amigos golfinhos puseram a pensar como poderiam ajudar.

Iluminado o Pedro fala:

- Já sei, tive uma idéia, levo explosivos e encerro a bruxa na caverna.

Zangados os golfinhos falaram:

- Poxa Pedro e vais matar a princesa também?

Pensativo o Pedro encolhe os ombros e aceita as criticas, coça a sua cabeça e esfregando os dedos na orelha, grita:

- Já sei, leva-me ao Rei Artur, por favor.

Convencidos lá se puseram a caminho, entretanto no reino já a malvada bruxa estava fazendo chantagem com o Rei o forçando a entregar seu reino para reaver sua filha.

A Bruxa falava e gritava:

- Olha lá queres voltar a ver a tua filha Rei? Queres ou não?

O rei pensava em seu reino e ao mesmo tempo ele amava a sua filha acima do reino, mas que ele deveria fazer? Pensava ele, pois todo o reino ia ser escravo da bruxa e ficar pestilento e nauseabundo.

Os tubarões estavam agressivos, tentavam matar quem se cruzasse na sua frente, nem os golfinhos já os paravam, lutaram, mas sem êxito.

As orcas e as baleias souberam da maldade da bruxa e era a bruxa que mais fazia mal, pois nas suas porções mágicas matava milhares de peixinhos que poderia matar a sua fome. Eles não gostavam de fazer mal não e respeitavam o rei Artur. Juntos nadaram de encontro ao castelo do reino se encontrando com Pedro e os golfinhos, pela primeira vez estavam todos juntos e unidos.

Já preocupado Pedro falava:

- Vamos antes que seja tarde demais.

Todos acenaram com as suas caudas e nadaram com toda a sua força.

Já parte do mar estava ficando doente, as algas estavam invadindo com os crustáceos horríveis. Era a sua vitoria o mar agora ia ser deles e poderiam fazer o que quisessem, promessa da bruxa malvada.

Ao nadar Pedro sente esbarrar seu fio com a sua proteção que um dia o avô deu, dizia ele que ele iria a usar sábiamente para salvar uma menina muito jovem. Segundo seu avô era uma poção mágica que só poderia ser usada uma vez e destruiria a mais poderosa bruxa.

Lembrou-se do avô e gritou:

- Já sei como salvar a princesa só preciso entrar na caverna e estar de frente com a bruxa.

Os golfinhos, as baleias e as orcas e outros mais peixinhos que dispuseram ajudar duvidaram, mas seguiram em frente. No reino encontraram o rei Artur a chorar, parecia uma criança e sem saber o que fazer.

Nilda a professora, chorava sem parar se culpando pela sua falta de atenção, Pedro a tranqüilizou pedindo que ela o levasse a caverna da malvada bruxa.

Incrédula, ela o levou, preocupada com o bem estar do Pedro dizendo que ele não ia agüentar tanto tempo submerso.

Pedro entrou na caverna e a bruxa vaidosa e convencida que nada a destruía até fez uma pequena pose para o pescador.

Falando em tom de gozo:

- Tu és o homem que vai matar? Que medo eu estou, olha para mim. Hehe que medo...

- Eu?
Perguntou o pequeno pescador, em tom baixo, mas tramando como derramar o frasco dado pelo seu avô.

A bruxa Desconfiada olha bem para ele e pergunta:

- Que é isso que tens ao pescoço? Dá já, isso! Tubarões!

Grita a bruxa.

- Tirem o fio que ele tem, agora!

Grita a bruxa malvada.

Pedro já não tem mais tempo e em voz alta diz

- Espera, eu tiro, pode ser?

Sem dar tempo ele tira o fio e abre o frasquinho bem disfarçado em um saquinho. Algo sai, tipo um pó que brilha em toda a caverna, um homem vestido de branco, um feiticeiro atira um raio sobre a bruxa e dita umas palavras mágicas e pum!
Fez-se luz...

A Bruxa sumiu, desapareceu. Tudo voltou a ficar colorido e belo, Pedro emocionado se despede de novo de seu avô agradecendo e compreendo que deve voltar ao seu reino.

Afinal ele tinha que salvar mais meninas da bruxa malvada. Feliz, ele tira a pequeninha princesa da gaiola e a professora Nilda feliz a abraça, chorando e pedindo perdão por tê-la deixada sozinha.

Tudo volta ao normal, o rei Artur feliz como nunca, mas grudou ainda mais na sua princesinha e na guarda da sua menina.



Betimartins

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Betimartins
 
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