Na suavidade da palma de tua mão,
imóvel mas fortificante,
susténs o Mundo e o que nele há,
seus jardins suspensos,
seus mares profundos,
o sorriso de uma criança, se te vê,
caminhando pra ela braços abertos.
Os teus rios insondáveis e silêncios,
ostenta-los nos traços
do teu rosto, nos olhos a horizonte,
nos segredos miúdos,
que tu guardas pra ti,
como pedras preciosas, no amarelo
do ouro, que manuseias sem pudor.
E humildemente em teus pulsos de
seda bem branquinha,
deslizam mãos de homens cativos,
desfolhando flores
cores derramando,
enquanto diriges tua feminilidade,
com graça de Mulher, amadíssima.
E do teu ventre Mulher, teus filhos,
vêem a luz primeira
e choram pelo teu colo e teu calor,
o olor sublime de tua
pele, olhos nos olhos,
enquanto te invade um sorriso tal,
que não tem tamanho, nem igual.
Bem hajas, Mulher! Por quem és!
Lutadora e sensual,
que o Universo, por bem, fez-te
assim. E és chama que
arde, sem que se veja,
quando tens de acudir aos teus ou
ser o femíneo ser, que tudo alcança.
Jorge Humberto
08/03/11