Quem é que adivinharia a dor escura
sob a claridade do meu sorriso?
Quem é que adivinharia o meu rosto
antigo jacente sob o de agora?
Quem é que adivinharia os caminhos
que trilhei sob o rumo que traço agora?
Quem é que, lendo as estrelas do meu amanhecer,
conseguiria advinha o meu norte?
Quem me lê, não pode me adivinhar,
a perdição da vida não lhe dá tempo...
Uma pista eu não posso deixar de dar:
o começo [e o fim] de tudo está no meu olhar...
[Penas do Desterro, 06 de março de 2011]