Há uma mulher
que tenho
e outra que tu tens.
Há um homem
que cada mulher tem
e outro que a tua tem,
também.
E ninguém é de ninguém…
mas todos somos uns dos outros.
Há uma mulher
esquecida
na penumbra de cada noite.
Há outra
que estando perdida…
se encontra
a cada seu dia de sofrimento.
É a mulher
magoada,
sujeita à leviandade dum açoite.
É a mulher
espezinhada,
que murmura no silêncio
de tanto lamento.
Há uma mulher,
do nosso ideal,
na semelhança de toda a humanidade
Outra…
que sendo igual
anseia pela sua liberdade.
E tantas outras mulheres,
desiguais de toda a igualdade,
que na utopia,
desesperam,
pelo seu momento de felicidade.
António MR Martins
Dia Internacional da Mulher, 2011.03.08
António MR Martins
Tem 12 livros editados. O último título "Juízos na noite", colecção Entre Versos, coordenada por Maria Antonieta Oliveira, In-Finita, 2019.
Membro do GPA-Grupo Poético de Aveiro
Sócio n.º 1227 da APE - Associação Portugues...