Hás de pisar o chão da estrada,
Cheirando o suado barro da terra!
E aonde correres, limparás as valas,
Reacendidas em suas janelas...
Não terás mais, o amargor da espada,
Pisarás o chão, de forma nobilíssima!
Com os calos oriundos da jornada,
Dum carme de devaneios e malícias.
Pisa o chão, velho sapato alto!
Sem as querelas da inconstância,
Sinta-te o próprio Deus da arrogância...
Se aos teus pés, chutares a vida,
A ponto de, não tiveres guarida,
Pra te guiar, sem rumo pelo asfalto.
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)