Bate como se fossem tambores,
Sem serpentina nem cores,
Em pleno carnaval.
Sem festas, , serpentinas, nem cores.
Bate, meu coração,
Anunciando um estandarte sem brilho
E o que cintila na porta-bandeira
É tão opaco que quase não se vê.
Mas, a vida caminha...
E aqui dentro
Cada batida num dó maior,
Maior que as passarelas,
Que as fantasias e confetes,
Sorrisos e desilusões.
E continua este carnaval...
E continua sem desfiles,
Nem vitórias,
Porque o fim da batucada não acabou.
O Sol não veio, nem vai chegar
Bate... meu coração,
Como se fossem tambores
Em pleno carnaval,
Sem serpentinas, nem cores.
(Ednar Andrade).