COLETIVOS
Autor: Carlos Henrique Rangel
Enquanto dançam os coletivos
São muitos os que esperam a vez...
Não se conhecem e assim mesmo
Tocam-se na anciã da volta...
Nada falam enquanto olham
Para o mesmo horizonte.
São quase zumbis... Cansados...
Suados do dia...
Prontos para a cama
E novo dia.
Dançam os coletivos
Por algumas horas.
Deve haver sentido
Neste não sentido...
Todo dia...
Não há esperança no diferente.
Nem esse é querido...
Enquanto dançam os coletivos
Muitos sonham com os sonhos.
Outros sonham...
No caminho pode haver descanso...
Enquanto dançam os coletivos.