Minha alma poderia ter além
Do quanto procurara inutilmente
E quando novo passo se apresente
O tanto que desejo nunca vem.
O verso se alimenta do que vem
E bebe o que tentara. E se desmente.
O vento adentra e roça no batente
Clamando por quem fora outrora o bem.
Por vezes meu sentido se anuncia
Diverso do que tanto em tal magia
A vida semeara noutro chão.
Porém esta esperança quando alcança
Marcando com ternura e temperança
Ao explodir sublime e raro grão...