Não te jurei pois por nada juro
Mas dei-te sempre a minha maior sinceridade
Aquela que eu conseguia dar abrindo-me todo a ti
Já não sei se é isso que eu a devia dar-te
Sei que pintei meu mais negro quadro e ficaste por cá
Mas se eu tivesse uma bola daquelas que advinham?
Não adiantava nada pois não lhe tocava
E mesmo que ela dissesse-me tudo
Faria tudo para a desacreditar
Sinto-me tão nada para ti
E falas que o que sentes não muda
Como se eu conseguisse sentir o que sentes
Não, não sinto
Sinto por palavras
Mais do que por quadros
As vezes mais do que por toques
E assim
O tão perto quanto consigo vou caminhando
Meu canto não canta
Meu sorriso não sorri
Pelo menos como sorria
Quando sorria por e para ti
Será que não vez que o tempo ou faz crescer mata?