O mundo, como o conhecemos,
se é que nele
ainda nos reconhecemos,
está totalmente às avessas,
com cenas controversas,
politicamente desastrosas
e humanamente totalmente ruinosas.
É um mundo onde já ninguém
pensa com zelo,
é religioso ou será de alguém,
que criminosamente o comanda,
e para guerras e pelejas o manda,
buscando o prazer,
nem que genocídio tenha de cometer.
Este mundo, insisto, é um disfarce,
ninguém se expõe,
e o seu maioritário desenlace
é o terrorismo fundamentalista,
que pelo pavor usufrui conquista,
á custa do Herdeiro,
que fatalmente só pensa em dinheiro.
Mas este também é um mundo
de destruição maciça,
um mundo impuro e imundo,
que destrói a Natureza tão rara
(julgais que um dia o Homem pára,
que vem de lá a Criança pura,
trazendo a todos nós a esperada cura)?.
Ah, e não tem nada a ver, a pedofilia?
Como não tem?
Se este poema é o mundo, noite e dia.
E a conversa salta, assim diz o verso,
que somos todos feitos do inverso,
que nos conduz – ao bem ou ao mal,
assim tenhamos o bom instinto do animal.
O mundo, como o conhecíamos,
já não existe,
nele – lembro – nós sorriamos,
dávamos o «bom dia», dávamos a «mão»,
e entregávamos o coração,
sem medo e de tranquila consciência,
pois tudo era feito, sem mais, com pura decência.
Jorge Humberto
28/02/11