vago no mundo deserto
sem coragem
sem vontade
escuto os meus gritos
na mente, me covardo
entro nos montes
e desabo na criação
e olho a minha fecundação
se razão a superar
falo contigo
nada me prende
sem querer ganhar
sem querer jogar
caio na calçada
enchergo vultos passarem
sem me olhar
sem me amar
sento e repenso
no tédio
que acaba
de me passar ...