“…hoje acordei com a vontade de te dizer algo que nunca te tivesse dito… vasculhei a minha memória e estava lá tudo e nada de novo existia que pudesse ser escrito… senti um amargo na boca por não ter o que dizer nem tão pouco saber como o conseguir se afinal de contas tudo já havia sido dito… de repente, olhei para o céu e senti que ainda não Lhe tinha agradecido o facto de estar aqui a escrever estas linhas… é que é graças a Ele que podemos usufruir da possibilidade de sorrir ou rir ou mesmo que seja uma lágrima, enxugá-la bem dentro de nós… fiquei grato por me saber aqui mais uma vez a escrever o nada que para mim é o tudo que me preserva porque é dela, da palavra, que me sai por amor o que de outra forma não seria capaz de formular… tento então inventar algo novo que nunca tivesse dito, mas não consigo… faço um esforço, um último grito e dou por mim a escrever o que nunca houvera escrito… afinal de contas, mais uma vez, a palavra ganhou, fez-se dela mesmo sentença e para quem julga que a Alma não pensa aqui está a prova: o nada existe!... O que escrevi nada diz mas o que fiz nunca o tinha feito… algo simples, certamente sem jeito, mas com a força enorme do desejo que há neste meu coração e que se esconde aberto dentro e fora do meu peito…”
Joaquim Nogueira
<br />“…hoje acordei com a vontade de te dizer algo que nunca te tivesse dito… vasculhei a minha memória e estava lá tudo e nada de novo existia que pudesse ser escrito… senti um amargo na boca por não ter o que dizer nem tão pouco saber como o conseguir se afinal de contas tudo já havia sido dito… de repente, olhei para o céu e senti que ainda não Lhe tinha agradecido o facto de estar aqui a escrever estas linhas… é que é graças a Ele que podemos usufruir da possibilidade de sorrir ou rir ou mesmo que seja uma lágrima, enxugá-la bem dentro de nós… fiquei grato por me saber aqui mais uma vez a escrever o nada que para mim é o tudo que me preserva porque é dela, da palavra, que me sai por amor o que de outra forma não seria capaz de formular… tento então inventar algo novo que nunca tivesse dito, mas não consigo… faço um esforço, um último grito e dou por mim a escrever o que nunca houvera escrito… afinal de contas, mais uma vez, a palavra ganhou, fez-se dela mesmo sentença e para quem julga que a Alma não pensa aqui está a prova: o nada existe!... O que escrevi nada diz mas o que fiz nunca o tinha feito… algo simples, certamente sem jeito, mas com a força enorme do desejo que há neste meu coração e que se esconde aberto dentro e fora do meu peito…”
Joaquim Nogueira