Malvado anjo
Como ordenara o Deus onipotente;
desce o anjo a cumprir com afã
sua missão ao ser então carente;
pra ser-lhe protetora,sua guardiã...
Disse-lhe “sua tristeza,abranda,suaviza;
e quando houver do verão o rigor,
sê a ele refrescante e suave brisa;
no inverno,o teu corpo,agasalhador...
Quando desorientado,indica-lhe o rumo;
quando desanimado,sua vida alenta;
seja para ele da tua boca o sumo,
a água que alivie sua boca sedenta...”
Assim ordenara o Deus onipotente;
no entanto foi sua ordem,vã:
negou-se o anjo àquele ser carente,
ser sua protetora,sua guardiã...
Anjo malvado,por que na mesma hora
em que surgiste,desapareceste assim?...
A tua ausência me consome,devora;
estou apaixonado...O que será de mim?...