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Merda

 
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Ó coitadinhos, não tenho pena nenhuma de vocês, choram e riem como todos, se vosso tabaco é o que cravam, qual é o problema? São mais sortudo do que aqueles que o tabaco que fumam é feito de suor, e não tenho pena nenhuma dos que suam, deviam olhar para o céu e agradecer, todos os dias, todos segundos e minutos nossas acções e pensamentos levam para estarmos exactamente no lugar onde estamos agora, e agora te olho desconfiado e apaixonado por esse teu corpo jovem, vejo teu olhar de canto de olho que não sei descodificar, se soubesses descodificar o meu verias que nem queria tocar-te, apenas apreciar a beleza que existe em ti, que existem em todos, mesmo naqueles que estragaram com a merda da vida que tiveram, será que não é visível aos olhos do jogador que aquele que não joga é o que realmente vive, odeio esses olhos espertos de quem pode vir a ganhar alguma coisa com isso, adoro teus olhos que acompanham ou não os meus, mas, humildemente e sem serem sobreveniente ainda mostram a vida vivida e que há para viver, esta tua esperança em voltar-me a enganar, como enganaste-me e eu deixei mete-me nojo, a esperança de encontrar o génio que brilha novamente me alegra e ao amigo que penteia suas barbas tenho sempre metade do meu ouro para encher-lhe a taça de vinho e o prato de pão, mas na verdade sinto-me triste, sinto-me triste por vos comprar e não conseguir de outra maneira demonstrar que vos quero bem, quero aprender o jogo do jogador, sentir o brilho do génio e aprender a ser humilde como o humilde, gostava tanto de ter capacidade suficiente de fazer com que desejassem doar isso apenas pelo prazer de doar algo, mas não, tenho de pagar, e pagar, e pagar, sempre a pagar, sem conseguir apagar as merdas que fiz, apenas repetindo a merda que sou, fazendo repetidamente as merdas que sempre faço que na verdade são iguais as merdas que vocês fazem, ou não?

Não achei que deveria colocar o texto para maiores de 18 apenas devido ao uso da palavra merda, mas a segunda critica posso mudar de opnião.
 
Autor
Trilho-do-Pensamento
 
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Enviado por Tópico
HelenDeRose
Publicado: 23/02/2011 17:24  Atualizado: 23/02/2011 17:24
Usuário desde: 06/08/2009
Localidade: Sorocaba - SP - Brasil
Mensagens: 2028
 Re: Merda
Bom, a merda depende do comemos ou bebemos. Tem merdas duras de sair, moles de feder com cores diversas: verdes com dor de barriga, amarelas com lactose, pretas com nicotina e carne, marrom com fermentação e glúten etc etc;... Ainda bem que elas saem, caso contrário, teríamos sempre que fazer lavagem intestinal, ai que horror!!! Merda por merda, fede, mas, indispensável.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 23/02/2011 17:39  Atualizado: 23/02/2011 18:02
 Re: Merda
nada de mudar a postagem de lugar. pois mesmo quem for de pouca idade deve aprender desde cedo de não se poder fazer merdas em qualquer lugar (o que é o caso do texto. e que a palavra têm direito mor) aliás, se me permite, postei há dias um texto que muito bem pode cair aqui. http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=175395


um abraço Carioca,

zésilveira



Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 23/02/2011 17:46  Atualizado: 23/02/2011 17:50
 Re: Merda
Este seu texto lembrou-me um poema do poeta e filósofo brasileiro Antonio Cícero, publicado no seu livro A Cidade e os Livros, com o título,

"Merde de Poète

Quem gosta de poesia "visceral",
ou seja, porca, preguiçosa, lerda,
que vá ao fundo e seja literal,
pedindo ao poeta, em vez de poemas, merda."


Se considerar que o poema é despropositado em função do seu texto, agradeço que o apague.
Nem sempre se pode ser original nos comentários, como é o caso.

DM