Poemas : 

Noite, fatalidade dos ignorantes

 
Noite, fatalidade dos ignorantes
 
Ele está ali, estirado no meio da rua
O sangue escorrendo, fluido imortal.
Morto ao beijar da lua
Noite que lhe foi de todo o mal.

E agora? Suicídio?
Pulsos cortados? Negativo...
Então um homicídio?
Sinal de esfaqueamento ou tiro?

Vertente de pensamentos, inúmeras possibilidades,
Já estão retirando o corpo, avisando a família.
O cadáver se foi, levado ao som do silêncio. A cidade
Parou para ler em todos os jornais. Intensificaram a vigília.

O medo percorrendo as ruas escuras
Até os boêmios se esconderam, se dissiparam...
A noite se tornara impura
Moradia da morte. Loucos, psicopatas, estupradores
Abocanharam-se deste silencio, e são os assustadores.

Pobre moça que vaga ai, a mostrar tua inocência,
E as crianças abandonadas, não têm aonde ir...
Perdidas, incompreendidas, ignorantes existências.
São os brinquedos da maldade, a lhes assistir.


Acho que estou apaixonada pela minha tristeza....

 
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msrdany
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Enviado por Tópico
Nanda_Vamp
Publicado: 23/02/2011 13:43  Atualizado: 23/02/2011 13:44
Colaborador
Usuário desde: 03/06/2010
Localidade: Brasil / Minas Gerais
Mensagens: 545
 Re: Noite, fatalidade dos ignorantes
Amigo, surpreendeu-me com este escrito.
Parece contar uma história, consegui imaginar todas as cenas... Incrível. Incrível

Sombrio e apavorante

Parabéns!

Beijinhos,

Nanda