Velho casarão.
Vendo aquele casarão lembra o passado
Dos escravos e dos barões do cafezal
Dos primeiros pés-de-bode motorizados
Da grande sala de festa e do seu castiçal
Olhando agora sinto quase um espanto
Vendo aquela grande casa abandonada
Hoje mais me parece um elefante branco
Construído bem no final daquela estrada
À noite parece que se ouve um barulhão
De chicotadas nos negros da escravidão
Para que guardem o café com mais rapidez
Nas noites de sábado se ouve o acordeão
Lembrando dos bailes com muita animação
Onde o negro dançava e tinha a sua vez.
jmd/Maringá, 21/02/11
verde
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