Sonetos : 

QUEM BATE NOS MEUS UMBRAIS

 



Nos umbrais de minha janela escuto
O que parece ser um pardal ferido,
E com os olhos buscando perscruto,
Ao longe, um qualquer jaez gemido,

Que me leve até à pobre e dita criatura,
Para me acercar dela e a proteger,
Com gazes limpas, à moda de atadura,
Que o seu voo teve algures padecer.

Por fim, encostado ao umbral, descobri
O pobre animal com uma asa derreada
E meigamente o tomei para mim.

Quase febril tirei tudo de cima da mesa,
E na parte onde esta era mais espelhada,
Fiz-lhe ninho e mantive a chama acesa.

Jorge Humberto
15/09/07






 
Autor
jorgehumberto
 
Texto
Data
Leituras
914
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Juli Lima
Publicado: 16/09/2007 15:13  Atualizado: 16/09/2007 15:13
Colaborador
Usuário desde: 02/08/2007
Localidade: Rio de Janeiro
Mensagens: 989
 Re: QUEM BATE NOS MEUS UMBRAIS
Boa tarde! Sensório versejar. Bj poesia