De carmim são as casas,
põe-se o sol,
nasce o sol,
por mais que tu faças.
Junto um rio escorre
brandamente,
é pela corrente,
que ele nunca morre.
Pássaros fazem ninho,
entre a ponte
e algum monte,
cantando bem baixinho.
No estuário do Tejo,
animais
desiguais,
é isso o que eu vejo.
Assim há que preservar
estes espaços,
sem embaraços,
para a vida continuar.
Voltando à velha aldeia,
tudo é pensado
e concretizado,
a ter a sua livre alcateia.
Ali o Homem está longe
de ser empecilho,
nem há gatilho,
nas mãos de um monge.
E o povo é consciente,
deixa tudo limpo,
com afinco,
para a Natureza presente.
Afastados eles estão,
animais,
senhoriais,
vivem sem altercação.
Jorge Humberto
18/02/11