Percebi no infinito, o finito.
Vislumbrei um deus na criatura.
Um paraíso criei
só para mim:
Fiz intuído do absoluto
que em si mesmo
é um indevoluto sim
- ou então não existe -
Ah, grande alma que me desperta...
Ah, eternidade que me espera...
Ah, divindade materna,
cândida e terna
de coração virgem e,
para sempre, deusa fecunda...
Tu és o objeto de todos os meus votos,
razão de todo o meu fim:
ah, minha filha querida
- filha que em carne não existe -;
Filha que é cria de todo este amor
que nasce em mim.
B.H. 23-09-2010
Augusto Alfeu Colares