Dois heróis governam pelo mar sentido
Fogem ao olhar de cada alma tenebrosa
Revelam amor pela sua pátria e em prosa
São cantados os seus feitos
Deuses dão as voltas aos amores
Para que eles os saibam reencontrar
É-se herói em muitas cores
Quando se faz tolices para amar
Eu amo o mar que em mim enterra
Estas palavras de carinho
Que grito para mim e sozinho
Amo o puro e o instinto
Ai, amar é ser doloroso
É lutar pela vida como um leproso
Que só acaba em seu fim
Deixa a cada mar o seu afim
Que o torna tão poderoso
Dois heróis caminhando pela vida
Luta continua e conseguida
Para viver e ser maior
Nada como amar pela vida
Temo que bestas me passem
E meu coração esboaçem
Sem saber o meu fim.
Podendo eu mesmo assim
Lutar pelas almas que alcancem
O coração dos que fazem
Amar tanto como a mim
Dois heróis pendentes
Deixai vos ser contentes
Em cada alma sois potentes
Capazes de com um par de dentes
Amar a vida como em mim
O amor não há-de escapar
Luta foraz sem pensar
Para ser poderoso e pensar
Como me ajudareis a mim.
Flávio Miguel Pereira, poeta