Não luz a luz de meus olhos,
num quarto vazio, de coisas…
e, o gesto, inda que o pense,
de pensá-lo, não é natural.
Tento remediar este facto,
sendo muito mais emoção,
sentimentos e humildade:
às penas não venham raiz.
À Razão não dou abertura;
à ilusão, fecho-lhe a porta;
e de vez, ouvirei o coração,
colhendo flores e nuances.
Honrado serei, ante a vida;
nobre pelos que não estão…
e a quem fica, louvor trarei,
à falta de voz – a minha voz.
Serei altruísta até mais não,
da tristeza não esconderei
o triste fado, que comoveu
a partida de alguém a além.
Mas saberei ser da alegria
o seu maior companheiro,
pensando sim, nos demais:
merecendo-me um sorriso.
Já luz a luz de meus olhos;
porque me comprometeu
a vida e nela me entendi…
fora outros, fora eu assim.
Jorge Humberto
16/02/11