Anda por aí uma febre nova. Um novo síndrome qualquer. Talvez até nem seja novo, pode já ser podre de velho mas para mim é recente.
Afecta essencialmente a faixa etária dos trinta e é mais frequente no sexo feminino. Os sintomas são quase sempre os mesmos: sede de companhia do sexo oposto; disputas, rixas e falsidades no mesmo sexo, mais ou menos inocentes, como se de uma corrida ao ouro se tratasse. Põem-se de lado amizades, esquecem-se escrúpulos e corre-se desenfreadamente.
"O primeiro dia do resto das nossas vidas!" As pessoas afectadas, por norma já tiveram uma relação, mais ou menos marcante, com um tempo de vida satisfatório! Podia dar-lhe o nome de "Febre das Tias"! Ah! Pois é! Como diz um amigo meu! E quem pensa que é exagero, fique pois sabendo que não o é! Chegamos aos trinta anos e quem não tem uma relação estável começa a sentir-se fora da validade. E mais! Faz-lhe espécie, aos pacientes desta febre, quem não se preocupa nem martiriza por não ter parceiro.
É um mundo de relações feitas em panelas de pressão! Vale tudo em meia dúzia de dias! E depois?! Bom depois cada um sabe de si! Quer sejam cibernéticas ou sociais de carne e osso, ninguém olha a meios.
O gosto pela aventura é salutar, aprende-se muito mas é necessário que deixemos de lado algum espaço para nós. De modo a não nos aniquilarmos como pessoas cheias de personalidade (ou não!).
Para todos os efeitos, a mim não me mete muito medo. Penso ter comigo o antídoto. E não se preocupem, meus amigos, hei-de ser uma óptima tia!
cdjsp