Fados : 

Já ninguém faz alarde (21/04/2007)

 
Já vai longe a tempestade
Mas assombras com rancor
A minha felicidade
Em sinal de lealdade
Não te falo mais de amor

Já vai longe o meu desgosto
Acaba com desengano
Pois sorrir não paga imposto
Sei que não sou ao teu gosto
E não te vou causar dano

Se nem sempre o amor arde
Se foi longe não comento
O amanhã fez-se tarde
Já ninguém faz nisso alarde
Estás no meu pensamento

Se me escutas volta e meia
Fazes ares de amuado
E dizes palavra feia
Prometes mesmo cadeia
Temos o caldo entornado

Se o meu fado é fatalismo
Então tudo tem um fim
Onde está o meu egoísmo
Nesta vida de heroísmo
Ai, o que será de mim

 
Autor
JoanaBeneditaPaes
 
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Enviado por Tópico
Norberto Lopes
Publicado: 05/01/2009 23:11  Atualizado: 05/01/2009 23:11
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 Re: Já ninguém faz alarde (21/04/2007)
Neste poema bem feito
"em sinal de lealdade"
se os versos falam verdade
houve verbo e não sujeito