Nunca na vida pensei temer.
Temer o que sempre desejei:
Ao amor me render.
A culpa é do passado
Por ele na dúvida fiquei.
Negrume, fantasma mal-amado
Não sei que farei!
Irei eu fugir do amor?
Aquilo com que sempre sonhei?
Afugentar o almejado calor
E um dia sentir que errei?
Ou receber-te-ei de braços abertos
Esperar que esse milagre aconteça
Receber os teus afectos
E ter fé que os mereça?
Que farei?
O que decidir?
Arriscar o que sonhei
Ou simplesmente desistir?
Ou talvez quem sabe nos teus braços cair?...
Patrícia de Portugal