O tiro disparado das palavras agora e na hora da nossa morte.
Chegam os pássaros para a despedida, até a lua fecha os olhos para não ver o teatro deplorável das noticias.
O tiro disparado das palavras agora e na hora da nossa morte. No quarto de hotel a noite inventa um crime... tu dormes tranquilamente como uma pedra sobre a voz daqueles que se anulam.
Agora e na hora da nossa morte.
O tiro disparado das palavras, o medo entrelaçado nos dedos como um rosário, um comando pronto a desligar a respiração. Aquela montanha que se vê grande como um olhar que deixa a terra. Agora e na hora da nossa morte.
E de novo chegam os pássaros e todas as coisas comuns como se fossem as mais profundas. A morte é uma coisas pestilenta que sai como um tiro, infame destino dos que se divertem a pensar verdadeira tão grande mentira.
Agora e na hora da nossa morte
Lobo 011