Desvios Escapam as laudas, livres vão ao vento Joeira entre palavras vãs e sentimentos Pois de saudade e lágrimas faz-se o mar Nesse solo que um dia me viu brotar. Era rio límpido em forma de mulher, Transbordando em fecundação. Tez morena, açucena banhando-se Em azul celeste sonhando ser a sereia de hipnótico cantar. Enfeitando o dia, campânula serena seguindo as ondas em vai e vem sem o sino tocar. Quis ser e não o fui, a amada a te esperar estava fora de lugar, pois rio em curso desviado jamais encontra o mar.
"A vida de um poeta é como uma flauta na qual Deus entoa sempre melodias novas." (Rabindranath Tagore)