Poemas : 

Velas Côncavas

 
Caem gotas cintilantes do meu olhar
E algo novo ousa surrupiar o meu sorriso.
Trago em meu peito o teu nome cingido
Em líquidos balsâmicos, mirras e almíscar.

Saudade medonha invade a minha`lma;
Soluços bravios balouçam os meus rios
De lágrimas que prateiam meus cílios,
Inchando as velas de sonhos côncavas.

Bebo dessa água que é o meu choro sentido
Parte de mim que em temporal se precipita
Sinto meu eu que, dentro de mim, apenas grita
A procurar por esse alguém, por aí, perdido.

Nuvens de tristezas fazem em céu, escada.
Meu coração bumba mais fraco, triste;
Como a lembrar o dia em tu partiste
Para a terra, a tua eterna e última morada.


Caio em desespero e me retorço nos frios
A lamentar o teu calor ao meu lado na cama.
Algo entristecedor me refrigera e me inflama
Deixado dentro de mim imensos espaços vazios.

Nada para acalentar, para acender essa chama
Que minha`lma invade em saudades medonhas;
A lamentar a falta do teu calor na minha cama
Em certas horas dessas certas noites tristonhas.


Gyl Ferrys

 
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Gyl
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Enviado por Tópico
Conceição Bernardino
Publicado: 13/02/2011 21:23  Atualizado: 13/02/2011 21:23
Usuário desde: 22/08/2009
Localidade: Porto
Mensagens: 3357
 Re: Velas Côncavas
Olá Gyl,

simplesmente belo...

beijo


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 13/02/2011 23:37  Atualizado: 13/02/2011 23:37
 Re: Velas Côncavas
*Ah Menestrel! Tua poesia voa até mim e me emociona!
Eu sempre declamo-te, pois aprecio o ritmo, além do sentimento, que tu pontuas!
Belo!
Beijos de estrelas douradas
Karinna*