Águas rebrilham no espaço
vazio de tua ausência anil,
tua pele acorda as manhãs
de meus desejos,
de meus ensejos,
e o mar cerca-me de teu ser.
Caminho pelas horas tardias,
na esperança vaga,
de te reconhecer ao longe,
quando as ondas cavalo vêm
desaguar na praia,
de todos os sonhos plausíveis.
O céu muda entre o princípio
e o fim, de uma dinastia
que demonstra denodo,
valorizada pelo amor com que
se baseia, sem paradoxo
nem prosápia aqui inerente.
Teus braços nos meus, alvor
de manhãs e o róscido nas
árvores,
da floresta encantada, onde
tu dormes teu sossego de rio,
despertando para o sol.
Largo sorriso na tua face de
ouro, asas que se levantam
além daqueles montes viris,
e ganham os céus azuis
de tão azuis,
e pedes-me que vá contigo.
Jorge Humberto
13/02/11