Na tua mão, repousas meu destino
Ti tens de todo o meu coração
A queimar dentro do peito a paixão
Em mim, a mente, sóbria deste desatino.
Acalma-te, deusa do luar – na agitação do mar
Tu és sereia macilenta, anjo dos céus
De canto ardente... Sou o amante labéu
Que não mereces a ti, deusa do luar.
Castigue-me ao soturno anoitecer
Onde a lua não poderá ver.
Desta tua mão, suplico-te o perecer.
Inflame em mim a infâmia, dona do meu ser,
Sou desonra que não pode te merecer.
Meu amor, de alma virgem, faça-me esvaecer.
Acho que estou apaixonada pela minha tristeza....