Na dor, no sofrimento,
No teu ato inconseqüente
No teu coração, no teu descaimento
Na tua incessante mente.
Caíste, de languidez teu corpo inebria-se
Deitadas na tua fraqueza moral
De pele tão nívea, agora, conquista-me
Neste teu leito, imergido, sensual.
Tua mão, mole, se engasga ao som do martírio
Mortuária, teu olhar sangra teu espírito...
Cai, afunda-se, precipita-te
Amor, não encontra-te.
Tu em teu abatimento, colocas teus pés em contato
Com o chão frio... Como teu corpo, és, também, frio
Melancólica, tua face incendeia-se, este teu ato
Queres tu morreres linda jovem. Toca-te o vento vazio.
Descansa-te anjo, decaído. Não espia-te a rua
Não há ninguém a observar-te, na tua linda dor...
A não ser?... Ah, a imaculada lua
É isto, que a ti restou, a admirar a lua, em teu torpor.
Fiques aí então, na janela a admirar
Um dia aí só estará, tristemente, a tua ausência
Pois em tuas veias nasce, doença forte, a te embriagar
Nada mais, a me lembrar... Um dia tu tiveste existência.
Acho que estou apaixonada pela minha tristeza....