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Correspondência

 
De batidas aceleradas,
De contos de fadas,
A cabeça desprende-se do tronco,
E cresce o amor tonto
De criança,

Não te admires pois, que depois
Escrevas tantos poemas ao acaso,
O amor desmedido e infantil,
Vai ao sabor do vento soprado,

O mesmo que leva o coração quebrado
Procurando remendos nos olhares,
Que se trocam nas ruas desertas
De emoções repartidas, e de alertas,

Mas de batidas aceleradas,
E de formigueiro na barriga,
Cresce o amor verdadeiro,
Levado pelo carteiro,
Numa carta de tinta ainda quente,

Não te admires pois, que depois,
Tenhas asas quebradas,

Por não terem respondido
Ao teu pedido,
E chorares cartas rasgadas.


Obrigado a tudo o que me inspira.

 
Autor
Ruben
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Enviado por Tópico
Vera Sousa Silva
Publicado: 13/09/2007 16:32  Atualizado: 13/09/2007 16:32
Membro de honra
Usuário desde: 04/10/2006
Localidade: Amadora
Mensagens: 4098
 Re: Correspondência
Realmente como o amor se transforma com a idade, ou a forma como o vemos e sentimos...
Gostei imenso do teu poema Ruben!

Beijinhos

Enviado por Tópico
Angela
Publicado: 13/09/2007 16:58  Atualizado: 13/09/2007 16:58
Colaborador
Usuário desde: 28/09/2006
Localidade: Caldas da Rainha
Mensagens: 567
 Re: Correspondência
Mas o amor é assim mesmo! Não o conseguimos controlar nem nunca desistimos dele! Sonho e desilusão estarão sempre presentes nas nossas emoções.

Um beijinho grande.