A Rita da minha rua
Tem um andar desengonçado
Quando passa pelo Toino
Ele fica arrepiado
Ó Toino, Ó Toino
O Toino da minha rua
Tem um sorriso amarelado
Quando passa pela Rita
O olho fica arremelgado
Ó Toino, Ó Toino
A Rita tem ar de xinga
Que faz o Toino melado
Quando leva o postiço
Ele fica ao quadrado
Ó Toino, Ó Toino
O Toino tem ar de chunga
Que deixa o bairro calado
Quando passa todo torto
De fato engravatado
Ó Toino, Ó Toino
Lá vai a Rita vaidosa
Ver se o Toino está suado
Até a taberna se vira
Porque o Toino está sentado
Ó Toino, Ó Toino
O Toino já meio grosso
Vai logo arrumar um carro
Não venha a Rita de lá
De troco muito assanhado
Ó Toino, Ó Toino
A Rita vai meio grosseira
Só quer no Toino malhar
Ele não lhe vendeu o móvel
Que tinha na casa de jantar
Ó Toino, Ó Toino
O Toino já furibundo
Sem a gansa para o jantar
Partiu o televisor
Ficou a Rita a cantar
Ó Toino, Ó Toino
A Rita e o Toino agora
Passam sempre a rabujar
Ela já não vê o Gouxa
E ele a Júlia Pinheiro a ladrar
Ó Toino, Ó Toino
Cristina Pinheiro Moita /Mim/