Hoje é mais um dia esquecido,
em que meu corpo saudoso do teu,
relembrou meu querido amor de além mar,
que:
já não me consolas,
implorando beijos e carícias...
Queria tê-lo, me aguardando agora,
quando estou a chegar,
pronto para minhas investidas,
loucas, insanas ou suaves,
com meus lábios sedentos de ti,
como sempre foram...
Mas não, não queres mais
minhas carícias passeando
por tua pele!
Até em meus poemas,
tu recusas...
Sonho,
com a possibilidade de,
como antes, como sempre,
como quando sentia e,
ouvia teus sussurros...
Mas não, me negas o direito de materializar,
meus desejos que brotam dos poemas de amor...
que te dedico...
E do amor, meu querido amor de além mar...
nem sinto o sabor de teu beijo,
do teu toque nem de tuas carícias loucas...
Quando as lembro,
até os sussurros do vento me fazem vibrar,
até aqueles tremores em ondas,
quando chegavas em sussurros,
trazendo na voz o murmúrio do mar!
Sei que a brisa que trazias nas mãos e
acarinhava minha pele,
aquela leve brisa,
ficou apenas em poesia...
Na poesia nua,
onde eu descrevia minha vida,
por linhas e o louco amor que te dedico,
em desalinho!
Mas naqueles momentos,
meu querido amor de além mar,
ali eu tinha o tão sonhado amor...
E eu sorria, amava...
Amava sim, como dizes,
para o amor e desejo,
não existe razão,
e agora sei que nenhuma das teorias físicas
ou matemáticas, que aprendi a vida toda,
de nada, amor, de nada servem,
ou consolam com alguma explicação
do inexplicável, do inatingível...
E onde, em tudo havia um toque de vida,
havia esperança, havia sabor e
a expectativa do novo encontro,
de quais seriam as carícias,
loucas que trocaríamos...
E eu amava-te...
Hoje minhas poesias,
encontram-se sem cor,
quando antes eram nuas e vivas...
Partiram-se,
hoje são nuvens opacas...
ou quem sabe foram vãs e jamais existiram,
ou existiram só na minha imaginação,
partiram assim, em ondas de espumas...
Daquelas que vem e não voltam,
esvaem-se como cinzas no espaço!
Por que querer outro amor, coração?
Outro amor não...
Hoje eu sou gris...
não por um simples protesto,
mas em preparo para novo regresso,
talvez em blue!
Assim... em gris...
Ficarei algum tempo,
sem desejos de entregas,
pois já não me queres,
se é que algum dia o quis...
Não amarei agora,
esqueça-me coração insano...
Nada esperes de mim...
Minha alma foi sugada e está vazia,
não vive sem amor, sem norte...
coração sem alma enamorada...
Tudo hoje é gris...
nada é blue!
Uma sem futuro, incógnita e
sem nada a preencher,
num rubro coração inerte, sem nada!
Apenas o vazio,
de um coração desamado, sozinho!
Num hoje "gris" sem dor,
buscando o amor, um futuro...
Talvez em blue...
(chega, vou deitar-me,
na imensa cama vazia que me espera,
onde deveria estar você meu amor de além mar,
então esta poesia, não seria triste e sim;
escrita em teu corpo com tinta de beijos...
de amor)!!!
[B] O Amor é um grande laço! [/ B]