Curvilíneos relevos, seios maduros,
moldados em rochas de amor,
cinzelados pelo Criador,
deleitam e aprisionam o olhar
de apaixonados filhos a sonhar
em jamais evadir-lhe os muros.
Com sorridente frescor jovial
e alma morena cheirosa de mar,
espraiada na areia seduz o luar,
que na espuma lhe beija as veias,
nas noites claras de lua cheia,
em mágico rito de glamour sensual.
Sob os cílios do sol ardente,
sobre as coroas de terras nuas,
escorre sangue por suas ruas,
impregna-lhe o olfato de fatos
e na enlutada invasão de seus matos,
Ela se imola por toda gente.
Explorando sua tez inocente,
ferindo seus seios e muros,
proclamam-lhe mãe os perjuros,
Ao tempo em que ao labor os nobres,
sonhadores, abastados ou pobres,
orgulhosos postam-se reverentes.
Mais que torrão, uma beldade!
Ora moça de trato fino,
de andar seguro e arguto tino,
ora gueixa sedutora e cortês...
Mesclando dor, luxúria e altivez,
como é bela minha cidade!