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Ei-la aqui vagando pelas ruas,
Tão moribundo sem pão sem guarida,
Sem lenitivo nas horas dormidas
Prostrado a um banco feito um vagabundo
...
O desengano ladeia seus dias,
E auroras frias vive na lembrança;
No rosto ríspido de uma crianças
Ver-se esvair vestígios de alegria...
...
No seu proscénio somente agruras,
E a tortura das mão do poder,
E o rebelar por conta de um sofrer,
Torna-o inconstante aos olhos de muitos...
...
E assim vagando em noites vazias,
Tendo por guia a desolação,
Segue buscando um pedaço de chão
Em turvas nuvens da desilusão.
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