Teus olhos correm melífluos,
dourando à luz do sol,
que sereno se mostra na paisagem.
As areias brancas, da orla,
lembram
tuas mãos, da cor do marfim.
A luz incide no teu rosto,
abrilhantando-o de flores,
emprestadas pela linha do horizonte.
Mais ao longe, teus cabelos,
são como ondas do mar,
meio encrespado, pela leve brisa.
Teu quadril, feminino,
descansa cansaços nas dunas,
de um louro espreguiçando-se.
Vagarosamente levantas-te,
e dirigiste para as águas,
azuis, como da cor do céu, que espreita.
Entras mar adentro e recomeças
a apanhar
conchinhas e vários búzios.
Não me canso de olhar para ti e de
seguir teus movimentos,
como numa película a cores.
Trazes-me o teu tesouro, que depositas
numa cova, nas pedrinhas
da areia, nas dunas de nosso amor.
Beijamo-nos; enquanto te sentas a
meu lado, no areal
quentinho, que nos aquece o coração.
Jorge Humberto
07/02/11